A temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) traz sinais claros sobre a retomada econômica do Brasil, com impacto direto em estratégias corporativas e decisões de investimento. A visão Tórus identifica três áreas essenciais para atenção executiva nas empresas que querem se posicionar com eficiência, segurança e direção.
1. Setor financeiro: foco na qualidade do crédito e eficiência operacional
Os bancos de maior porte continuaram apresentando desempenho sólido no trimestre. O crescimento da carteira, especialmente em crédito da pessoa física e MPMEs, foi sustentado por margens financeiras robustas e provisões controladas. Mesmo assim, pressões macroeconômicas, como inadimplência em setores como agro, exigem uma leitura cuidadosa do risco e da diversificação da carteira.
2. Energia e petróleo: produção em alta, exportações crescendo
A Petrobras surpreendeu com incremento de 7,6% na produção doméstica de petróleo e aumento de 7,8% na produção total de óleo e gás. As exportações também subiram, com destaque para a China como principal destino. Esses números apontam para maior capacidade de geração de caixa e ganhos em volume, mas os riscos externos, como tarifas e volatilidade nos mercados globais, seguem no radar.
3. Setor industrial e commodities: produção crescente, mas pressão sobre preços
A Vale apresentou produção forte, mas enfrenta retração nas vendas e queda nos preços do minério de ferro. Empresas como WEG mostraram crescimento no lucro líquido e receita, mesmo com inadimplência externa e volatilidade nos mercados globais. A indústria segue ajustando suas margens diante de custos elevados e câmbio flutuante.
Por que esses setores demandam atenção?
- Financial: a gestão da carteira de crédito e eficiência operacional são cruciais para rentabilidade sustentável, especialmente em ambiente de juros altos e possíveis deteriorações econômicas.
- Energy: crescimento da produção traz oportunidades de receita e exportação, mas exige gestão de riscos político-regulatórios e logística.
- Industrials/commodities: mesmo com demanda global firme, margens continuam comprimidas por custos e pressão competitiva, lidar com isso passa por gestão de portfólio e eficiência operacional.
Impacto estratégico para gestores e empresas B2B
- Governança e planejamento de capital: bancos e seguradoras devem reforçar controles de crédito e manter reservas adequadas para provisionamento.
- Diversificação geográfica e de produto: exportadores dependentes de commodities precisam mitigar riscos por meio de hedge e contratos multilaterais.
- Eficiência operacional: siderúrgicas, metalúrgicas e manufaturas devem focar em valor agregado e escala, diante de competição global e volatilidade cambial.
- Planejamento tributário e monetização: setores com geração de caixa robusta podem se antecipar a mudanças regulatórias e estruturar suas exportações e investimentos com visão tributária integrada.
Fontes: